Antes de avançar gostaria de te fazer uma pergunta:
Tu tens confiança em ti próprio?
Nada de extraordinário pode ser feito sem confiança. “A confiança ajuda-nos a superar os nossos medos e dúvidas: Ajuda-nos a recuperar em tempos de adversidade e ajuda-nos a correr riscos e a lidar com os nossos fracassos.”[1]
A confiança é como um “músculo” que necessita ser treinado para se desenvolver, e da mesma forma pode ser lesionada em virtude da forma como pensamos, sentimos e agimos no dia-a-dia e dos resultados que obtemos em cada um das áreas da nossa vida: relacionamento com a família, carreira, saúde, finanças pessoais, relacionamentos, etc.
A confiança é sem dúvida uma das principais chaves para o nosso sucesso e felicidade.
“Quando não te sentes confiante, não te sentes vivo. Quando não sentes confiante, não te sentes conectado contigo próprio nem com os outros. Quando não te sentes confiante tu não vais diariamente buscar alcançar grandes coisas nem ir atrás daquilo que é significativo para a tua vida.” – Brendon Burchard
AUTOIMAGEM
O Doutor Maxwell Maltz, ao longo da sua carreira como cirurgião plástico operou milhares de pessoas, as quais buscavam melhorar a sua aparência com o intuito de se sentirem mais satisfeitas com o seu aspeto físico.
Ao longo do tempo, o Dr. Maltz foi se apercebendo que algumas pessoas, apesar de passarem por alterações faciais significativas, continuavam a apresentar uma personalidade deprimida e ou com baixa autoestima. Por outro lado, constatou que outras pessoas apesar de terem sido submetidas a pequenas alterações faciais, simplesmente alteraram positivamente as suas personalidades.
Dr. Maltz concluiu então que a chave para a autoestima não estava necessariamente na transformação externa, mas sim na transformação da imagem que a pessoa tinha acerca de si mesma – autoimagem.
Tudo o que as pessoas pensam sobre si mesmas contribui para a construção da sua autoimagem, a qual acaba por ter um papel determinante nas suas atitudes e resultados na sua vida.
O sucesso é diretamente proporcional ao que tu acreditas que és capaz (ser, fazer e ter) e aquilo que tu acreditas que mereces na tua vida.
Tu és o gato que vê um leão, ou és um leão que vê um gato?
Não gosto do meu trabalho, e agora?
Numa pesquisa realizada em 2017 pela Gallup, 72% dos profissionais não gostam do seu próprio trabalho.
Neste caso, quando o nível de insatisfação laboral se torna elevado, as pessoas tendem a assumir uma das seguintes posturas:
-Tenho de aguentar! …o trabalho é mesmo assim!
ou…
-Tenho de encontrar um novo trabalho porque já não aguento mais esta situação!
Na realidade, as pessoas não equacionam a possibilidade de fazer ajustes para melhorar a sua relação com o trabalho atual.
Na minha opinião, quando alguém se encontra insatisfeito profissional, deve, numa primeira fase, focar-se em fazer ajustes à forma como encara o trabalho e como age no seu ambiente laboral, em vez de se resignar com o seu trabalho ou assumir como única alternativa a mudança de trabalho. Neste caso quando as pessoas saem de um trabalho para ou outro tendem a repetir os mesmo padrões e atitudes que certamente levarão à insatisfação e frustração com o seu trabalho atual.
Quem sabe se fizeres alguns ajustes, o teu trabalho atual não se tornará mais prazeroso?!
Para te ajudar a sair deste grande grupo de pessoas insatisfeitas profissionalmente e a dar um novo impulso à tua carreira, de forma a teres mais entusiasmo e motivação pelo teu trabalho, quero desafiar-te a fazer um exercício de reflexão sobre os aspetos que servirão de gatilho para reacender a tua paixão profissional.
Neste desafio prático, vais ser capaz de descobrir como capitalizar as tuas capacidades, talentos e as tuas características pessoais mais marcantes, em prol da tua carreira de forma a melhorar a tua relação com o teu trabalho.
Por outro lado, ficará claro para ti quais as tuas paixões, que é o pilar fundamental da realização profissional.
Tu és o gato que vê um leão, ou és um leão
que vê um gato?
Se refletires um pouco sobre isto, facilmente irás constatar que os teus resultados na vida estão intimamente ligados ao teu próprio conceito de autoimagem.
Por exemplo: o teu salário atual não representa o que tu vales, mas sim o que tu acreditas que vales! Pois se acreditas que o teu salário não reflete o teu valor para empresa, provavelmente irás pedir um aumento ou mudar de trabalho de forma a ir ao encontro das tuas expectativas: isso exigirá confiança em ti e no teu valor como profissional.

A nossa autoimagem, assenta num mecanismo que o Dr. Maltz designou por Psico-cibernética. Este conceito diz-nos que o nosso cérebro funciona de forma análoga a um termóstato de um ar-condicionado.
Para entender esta analogia imagina uma sala com um equipamento de ar condicionado instalado:
● Este equipamento possui um termóstato que está regulado para manter a sala numa determinada temperatura. Quando a temperatura do espaço está muito alta, o ar condicionado começa a debitar ar mais fresco até atingir a temperatura definida no termostato, da mesma forma, quando a sala atinge uma temperatura mais baixa do que está previamente programado, então o termóstato ativa o equipamento de ar condicionado para aquecer a sala até atingir a temperatura programada.
Da mesma maneira a nossa autoimagem atua como um termóstato do equipamento de ar condicionado:
● Os nossos pensamentos, sentimos, ações (comportamentos, decisões e omissões) e os resultados que obtemos na nossa vida estão de acordo com a nossa auto-imagem.
Este sistema psico-cibernético age sempre com o objetivo de influenciar as nossas decisões e comportamentos para que no dia-a-dia ajamos de acordo com essa autoimagem: ou seja tendemos a ser congruentes com aquilo que acreditamos que somos!
Eis alguns exemplos:
● Uma pessoa que tenha anorexia, é alguém que possui uma autoimagem distorcida de si própria, a qual se vê como alguém que está acima do seu peso do que na realidade está. Face a esta perceção, a pessoa irá pensar e agir como alguém que está acima do peso, restringindo a sua alimentação e fazendo exercício para perder mais peso. Como resultado irá ficar bastante magra e mesmo assim continuará a acreditar que está acima do peso.
● Uma pessoa que tenha uma autoimagem de ser alguém tímido, irá agir de forma congruente com essa crença: sempre que estiver num ambiente social vai ter um comportamento esquivo, evitando conversar e falar sobre si próprio. Mesmo que se esforce para ser mais sociável, provavelmente quando for falar com alguém desconhecido vai sentir-se nervoso, falar de forma baixa e trêmula e poderá até ficar com a cara vermelha de vergonha;
● Uma pessoa que que tenha uma autoimagem de alguém que tem uma boa aparência, provavelmente vai ter uma atenção especial no seu dia-a-dia para se alimentar de forma saudável, vestir-te de forma cuidada, fazer exercício, etc. Os seus pensamentos, sentimentos e ações são congruentemente com essa auto-imagem;
Todos nós temos um termostato programado para o nível de dinheiro que somos capazes de ganhar, a forma como nos relacionamos com o cônjuge, filhos e amigos, e de forma geral naquilo que conseguimos fazer, ser e ter na nossa vida.
Os nossos resultados são condizentes com o nosso termóstato.
Sempre que fazemos cursos, lemos livros, decidimos fazer coisas diferentes ou implementamos novos pensamentos, sentimentos e hábitos…, estamos a mudar a nossa programação do nosso termóstato.
Por outro lado, quando tomamos a decisão de sair da zona de conforto e agir, estamos a alterar essa programação. Quando agimos estamos na verdade a reforçar a crença de que somos capazes e isso contribui para elevar o nível de confiança.
Outro dos aspetos fundamentais que precisas de trabalhar são as tuas crenças de capacidade (aquilo que acreditas que és capaz de fazer) e as tuas crenças de merecimento (aquilo que acreditas que mereces ter e receber na tua vida).
Para isso é fundamental estar consciente, no dia-a-dia, dos pensamentos dominantes que povoam a tua mente, pois eles vão influenciar a forma como te sentes, ages e por último geram os teus resultados – a este processo chamamos de Ciclo da Realidade:
Eis como funciona o ciclo da realidade:
Pensamentos negativos geram emoções negativas as quais influenciam negativamente as ações e comportamentos, que por sua vez geram resultados negativos. Os resultados negativos geram pensamentos negativos, que por sua vez geram mais emoções negativas, ações e comportamentos negativos, levam a resultados cada vez mais negativos, e assim o ciclo recomeça.
Da mesma forma, se escolhermos conscientemente cultivar pensamentos mais positivos, isso irá gerar emoções mais positivas, o que por sua vez nos leva a comportar de forma mais positiva o que permitirá alcançar resultados mais positivos.
O facto de termos resultados mais positivos vai reforçar as nossas crenças de capacidade contribuindo para a nossa autoconfiança, o que vai retroalimentar o ciclo numa espiral positiva.
Mais à frente vou facultar-te uma das dinâmicas mais poderosas para te ajudar a construir um “Eu” com mais autoestima e com mais confiança através da criação do teu Avatar. Esta dinâmica vai permitir-te influenciar de forma consistente os teus pensamentos, emoções, comportamentos, ações e resultados.

O nível de autoestima e autoconfiança que possuímos é um
reflexo da nossa autoimagem.
A autoestima está relacionada com o facto de te sentires bem contigo mesmo. Sendo por isso a
forma como tu te vês a ti próprio, bem como capacidade de te amares e sentires
satisfeito contigo próprio independentemente das circunstâncias.
Por outro lado, a autoconfiança diz respeito à tua capacidade de acreditares que és capaz de alcançar os teus
objetivos e de superar os desafios que surgem no teu caminho de forma a
realizares e alcançar os resultados desejados.
A autoconfiança é teres um senso próprio de capacidade, segurança, confiança e fé em ti próprio.
“Quer penses que consegues ou não fazer algo, de qualquer forma terás sempre razão” – Henry Ford
Nível de autoestima e autoconfiança saudável
Ter um autoestima e autoconfiança baixa é tão negativo como ter uma autoestima e autoconfiança demasiado elevada.
Aquelas pessoas que têm uma confiança e um autoestima muito elevada para além do nível saudável, tendem a ser arrogantes, uma vez que se julgam superiores aos demais e são por isso pouco abertos às opiniões e ideias dos outros.
Por outro lado, aqueles que têm uma baixa autoconfiança ebaixa autoestima são inseguros acerca de si mesmos por esse facto estão sempre em busca da aprovação e da opinião dos outros. Além disso, têm dificuldade em
sair da sua zona de conforto em direção aos seus objetivos.
Impacto da falta de autoconfiança
A falta de confiança em ti mesmo vai limitar as tuas expectativas e os teus resultados nas diversas áreas da tua vida, uma vez que te retira entusiasmo, motivação e a energia necessária para teres resultados satisfatórios na tua vida em geral.
A falta de confiança traduz-se frequentemente através de medos:
● Medo do fracasso
● Medo da crítica
● Medo de errar
● Medo de se expor
● Medo da rejeição
“Não é aquilo que tu és que te impede de avançar, mas sim aquilo que tu pensas que não és!”
Porque precisamos de confiança?
A confiança é um ingrediente fundamental para alcançar em pleno o nosso potencial. Os resultados que alcançamos e a capacidade de alcançarmos os nossos objetivos dependem, em grande medida, do nosso nível de confiança.
Tu podes ser uma pessoa talentosa e com diversas competências acima da média, mas se não acreditas em ti e nas tuas capacidades, então estás feito!
Eis um exemplo: alguém que apesar de ser um músico talentoso (capacidade) mas que não tem confiança em si e na sua qualidade como músico, dificilmente terá a confiança de demonstrar perante os outros o seu talento…
… é como se fosse um tesouro no fundo do mar, cujo valor não é aproveitado por não estar acessível.
O impacto da confiança na tua vida
Segundo o Coach Jeff Archer ei algumas das coisas que as pessoas fariam se tivessem mais autoconfiança:
● Mudar de emprego
● Solicitar um aumento do salário
● Entrar num novo relacionamento
● Criar o seu próprio negócio
● Ter um novo passatempo (ex.: pintura, dança, canto…)
● Socializar mais
● Criar uma família
Autoconfiança surge da autoconsciência
Brendon Burchard, um dos coachs mais reconhecidos mundialmente, refere que a autoconfiança cresce na medida que praticamos a autoconsciência.
Eu sou uma pessoa confiante na medida que me conheço a mim próprio e isso acontece quando eu olho para mim diariamente e meço a minha progressão, penso acerca da minha mentalidade e tenho presente as minhas
intenções e objetivos.
Isto significa que quando estou conectado, dia após dia, com os meus objetivos e intenções eu vou percebendo a minha progressão e evolução.
E isso vai reforçar a minha crença em mim de que sou capaz, de que estou a crescer e isso me torna mais confiante.
Além disso, o facto de ter uma prática diária e consistente de desenvolver a minha mentalidade gera mais confiança em mim mesmo.
Identifica quando não estás confiante.
Como vimos no ciclo da realidade que abordamos anteriormente, cada pessoa é a responsável por criar a sua própria realidade e
ter autoconsciencia de si proprio é um fator determinante para a autoconfiança.
A autoconfiança passa também por ter consciencia dos sinais que nos indicam quando estamo a experienciar um nível baixo de confiança, para
que possamos de forma consciente, mudar o nosso estado interno (pensamentos, emoções, comportamentos e ações) para uma postura de maior confiança.
Eis alguns dos sinais que nos indicam se estamos com um nível baixo de confiança e de autoestima:
● Sentir-se sobrecarregado
● Dificuldade em dizer não
● Ser demasiado agradável
● Buscar aprovação dos outros
● Perfecionismo
● Dificuldade em impor limites
● Sentimento de inferioridade em relação aos outros
● Não se valorizar
● Irritar-se demasiado com as ações de outras pessoas
● Isolar-se dos outros
● Sentir-se com medo e ansioso
● Focar-se naquilo que pode correr mal
● Ser demasiado sensível ao que acontece à sua volta
● Dificuldade de se expressar verbalmente
● Sentir-se com baixo valor
● Definição irrealista de objetivos
● Não ser assertivo na sua comunicação
● Dificuldades em tomar decisões

A confiança resulta da prática de fazer algo, repetidamente
até me sentir confiante em fazer isso. Por exemplo, quando tiveste a primeira
aula de condução, tu sentias-te inseguro e nervoso em conduzir o carro na
estrada. Hoje és confiante como condutor.
Para desenvolveres a tua confiança introduz na tua rotina diária:
● Cria um plano para alcançar os teus objetivos e verifica o teu progresso;
● Cria um quadro com imagens que representam os teus objetivos e coloca-o num lugar visível;
● Define a tua intenção para o dia: “Como desejo que o meu dia seja hoje?”;
● Cria uma checklist (baseado no que aprendeste neste módulo) do que tens de fazer para te tornar
mais confiante. Quando não estiveres confiante, olha para o local onde tens a
tua checklist para te relembrar do
que tens de fazer para te tornares mais confiante;
Coloca as tuas “instruções pessoais” num local visível (o teu AVATAR, checklist (felicidade, confiança, boa comunicação…), objetivos, intenções, afirmações, experiências que queres ter na tua vida, novos hábitos e rotinas, novos comportamentos, etc) num local visível, pois dessa forma estarás em contacto com aquilo que queres mudar e na pessoa que te queres transformar.

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